domingo, 30 de dezembro de 2012

RISO FINGIDO


RISO FINGIDO

Lápis e papel
brilham como um anel
na superfície da mesa,
nenhuma surpresa!
- Sinto muito, sugere o riso fingido,
Do outro lado do pinho,
a carne recebe o espinho
e lágrimas de tinta preta
misturam-se com a caneta,
em sílabas amontoadas
que não querem dizer nada
soam ocas no aposento.
Como é cruel este momento!
em que a neblina chega,
com as palavras que dão medo:
demissão, desemprego.

Basilina Pereira

Um comentário:

gessileia disse...

ADOREI SEUS POEMAS, PODERIA ME AJUDAR COM UM TRALHO DA FACULDADE, GOSTARIA DE SABER QUAIS SAO AS SILABAS POETICAS QUE VC USA SE SAO DEZ.