O TEMPO EM PARIS
Paris sobrevoa o tempo
e o tempo se esconde nos vincos da memória.
Perdidos em cada esquina, um eco da História,
uma folha de plátano, um bêbado provocando a noite.
Entre as cinzas do relógio,
uma sirene acorda o dia
e a multidão tropeça em seu próximo passo.
De longe, uma fumaça se agarra às mansardas,
onde a neve um dia foi branca
e só os olhos insones, escuros, quiseram estar mais próximos da luz.
Paris desafia o tempo, mas o tempo está nas janelas
e na terra varrida pela lua que, vez ou outra, pergunta:
- onde estão os enamorados?
Paris, 17.07.2008
Basilina Pereria
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