ÊXTASE
Tudo começa de mansinho.
Há um arrepio que percorre o corpo,
um leve tremor de mãos e um rubor sutil
que aflora à face até quase derreter o olhar.
Olhos nos olhos, feitiço, centelha ardente...
a proximidade tão esperada é tímida,
ponta de dedos, macios,
relâmpagos de uma visão consentida
rumo ao ponto de chegada.
O toque, antes suave,
agora cresce, ousa, arrebata,
não há mais joio nem trigo,
só estrelas piscando à luz do dia,
um querer mais...ah! a libido!
afoita inflama, borbulha...
até que, ao fim, o momento
explode, em êxtase,
e o tempo perde definitivamente o sentido.
Basilina Pereira
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