A MONTANHA
A vida, às vezes, abre um buraco na noite.
Parece que o vento carregou as palavras
e só deixou rostos com janelas fechadas
e braços presos em seus próprios limites.
Surge um atalho que atrai com sua aparência atraente,
mas nuvens obesas ameaçam as sobras do sono
que não sabem que rumo tomar
até o amanhecer.
Na bagagem: olhos camuflados, pesados silêncios, medo,
indecisão...
E há um caminho de fogo a queimar os pensamentos.
.....................................
É preciso que as palavras voltem,
arranquem a poesia das trevas
e abram espaço no espelho.
Pode ser que haja uma montanha a ser escalada,
é o único jeito de se
ver o outro lado.
Basilina Pereira
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