quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

PASTORA


 

PASTORA

 

Sou pastora da poesia

cavalgo versos de anis

se rimo a noite com o dia

não sei bem por que o fiz.

 

Mas não consigo outras plagas

Outra forma de rimar

se solto a letra e as mágoas

esse é meu jeito de amar.

 

E assim caminho entre as linhas

do poema inacabado

catando dores tão minhas

vislumbrando o outro lado

 

onde o soneto não dorme

sobre um poema concreto

e a práxis vige conforme

seu próprio corpo e contexto.

 

Sou pastora da poesia

sob a chuva ou sob o sol

e as palavras, quem diria!

São a isca em meu anzol.
 
Basilina Pereira

 

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