PASTORA
Sou pastora da poesia
cavalgo versos de anis
se rimo a noite com o dia
não sei bem por que o fiz.
Mas não consigo outras plagas
Outra forma de rimar
se solto a letra e as mágoas
esse é meu jeito de amar.
E assim caminho entre as linhas
do poema inacabado
catando dores tão minhas
vislumbrando o outro lado
onde o soneto não dorme
sobre um poema concreto
e a práxis vige conforme
seu próprio corpo e contexto.
Sou pastora da poesia
sob a chuva ou sob o sol
e as palavras, quem diria!
São a isca em meu anzol.
Basilina Pereira
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