domingo, 16 de janeiro de 2011

GAVETAS


O dia me acorda em preto e branco.


Abro a janela e...lá está: o sol,


com todo aquele dourado atrevido,


convidando-me à vida.


Por onde começar? Tantas gavetas...


algumas cheirando a bolor, sinal dos tempos.


Mas, então, já não é hora do descarte,


enterrar de vez aqueles sons


que surgem no meio da noite?


Mas como, se não há outra música para ouvir?


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Será? Às vezes, insistimos tanto em quebrar as pedras


e nos esquecemos de adubar as flores.


Basilina Pereira