ESTÁTUA DE SAL
Há uma porta que se fecha sobre mim
e no escuro não encontro a encruzilhada.
Meus olhos tentam vislumbrar, em lembranças,
a rota dos vagalumes que em outras eras
servia aos vagabundos.
Mas só pressinto teus olhos me abrasando,
ouço gritos que me navegam sem pudor
e tentam encontrar a saída
onde os poros latejam na total obstrução da luz.
Sinto ainda toda a nudez me castigando a pele,
adensando a noite numa canção de adeus.
As horas brincam de estátua de sal
no convés da minha boca ensandecida
que diz teu nome num disléxico poema
e grita toda a mágoa que a solidão camuflou.
Basilina Pereira
3 comentários:
Lindíssimo o teu blog. Adorei Estátua de Sal.
Você é uma excelente escritora!
Vou te visitar novamente pois vale a pena ler tão belos poemas.
Basilina Pereira
Pôetisa Amiga:
Venho lhe ofrecer o selinho do primeiro aniversàrio do Blog
*Pôesia do Mundo*
Agradeço lhe todos belos momèntos de leitura que me prociona:
Os mèus melhores comprimèntos
Antònìo Manuel
que lindo versejar...
Como tristeza camuflada, consegues trazer a tona o sentimento mais etero. que lindo ..parabens.
Querida, aonde consigo comprar seu livro. "quase poesia", gostaria muito de ler,
bjs
leek steffens
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