quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ESTÁTUA DE SAL

ESTÁTUA DE SAL



Há uma porta que se fecha sobre mim


e no escuro não encontro a encruzilhada.


Meus olhos tentam vislumbrar, em lembranças,


a rota dos vagalumes que em outras eras


servia aos vagabundos.


Mas só pressinto teus olhos me abrasando,


ouço gritos que me navegam sem pudor


e tentam encontrar a saída


onde os poros latejam na total obstrução da luz.


Sinto ainda toda a nudez me castigando a pele,


adensando a noite numa canção de adeus.


As horas brincam de estátua de sal


no convés da minha boca ensandecida


que diz teu nome num disléxico poema


e grita toda a mágoa que a solidão camuflou.






Basilina Pereira

3 comentários:

MÁRIO PARENTE IMOVEIS disse...

Lindíssimo o teu blog. Adorei Estátua de Sal.

Você é uma excelente escritora!

Vou te visitar novamente pois vale a pena ler tão belos poemas.

Antònio Manuel disse...

Basilina Pereira


Pôetisa Amiga:


Venho lhe ofrecer o selinho do primeiro aniversàrio do Blog

*Pôesia do Mundo*

Agradeço lhe todos belos momèntos de leitura que me prociona:

Os mèus melhores comprimèntos

Antònìo Manuel

Unknown disse...

que lindo versejar...
Como tristeza camuflada, consegues trazer a tona o sentimento mais etero. que lindo ..parabens.

Querida, aonde consigo comprar seu livro. "quase poesia", gostaria muito de ler,

bjs
leek steffens