TATEANDO NO ESCURO
Persigo o silêncio que ruge
entre minhas idéias avessas.
Fujo de olhos e bocas que me espreitam...
Os pesadelos... esses procuro ignorar,
mas melhor seria se os enfrentasse.
Fecho as cortinas,
recuso-me a ouvir o canto das sereias,
que não me lavam a alma,
nem torna minha nuvem menos densa.
Desconheço o caminho sem pedras
e não encontro o melhor atalho.
Na dúvida, apago a luz
que a escuridão me aguça os sentidos.
Basilina Pereira
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