quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Poesia na Varanda



POESIA NA VARANDA







Minha varanda é berçário


de sonhos, formas e cores,


do canto de passarinhos,


e de diversos odores






que embalo numa rede


tecida só de poesia,


na brisa amena da tarde


colho verso e alegria.






A metáfora vem só:


caprichosa escultura,


e na elipse do verbo


transforma-se em figura






de uma linguagem sutil


qual a cor do entardecer:


quando se olha é azul


e logo outra cor vai ser.






E assim me perco e me acho


no delírio do poema,


entrego-me aos seus caprichos:


sou só um bico de pena.


Basilina Pereira

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