O PENSAMENTO DAS
ESTRELAS
Eu costumava ler
o pensamento das estrelas.
Em noites de
vaga-lumes,
elas piscavam em dourado
e escondiam as outras cores,
para que eu decifrasse
o seu segredo:
queriam o vermelho: sem sangue,
o preto fora do luto,
o verde com a esperança
e o azul em tons de festa.
Quantas brincadeiras!
Por vezes, elas me pregavam aquele susto:
lançavam-se em queda livre
e deixavam um risco de ouro no céu.
E aí eu pensava: como não atinei para isso?
Basilina Pereira
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