domingo, 4 de maio de 2014

A COR DO POEMA


A COR DO POEMA
 

Não sei fazer versos grises.

Contorno, retorno e lá vem

as cores camufladas nas palavras

veladas, mas cobertas

pela fumaça do arco-íris.

Sei que a vida, às vezes, se ressente de brilho

e o poeta carrega um rio nos olhos,

mas o poema! Ah! o poema!

No seu silêncio caloroso,

revela a resistência das manhãs de sol

e qual um chafariz no meio da praça,

parece dizer: - bom dia, aquarela!

 

Basilina Pereira

 

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