segunda-feira, 5 de maio de 2014

BARBARELA


BARBARELA
 

Por uma janela inusitada

afino meu destino

na poeira das estrelas.

Colho o legado do tempo

e semeio meus versos híbridos:

solstício de uma rima remota,

herdada dos parnasianos.

Os ícones cravados na parede,

estigma dos insurretos,

querem embargar o poema.

Meu íntimo resiste:

a poesia retrusa me restringe a alma.

Sou Barbarela saindo em defesa da flor,

quero seu vértice no vento

e a vazão do sentimento.
 

Basilina Pereira

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