MEDO DE AMAR
Quando o sol se vai
fica a certeza do amanhecer,
mas a ausência do amor perdido
deixa um lapso, um não-querer
capaz de ignorar a aurora
e tudo o mais que venha a ser.
É tanto medo, travestido,
camuflado, invertido, só num canto,
esquecido, nem quebranto
mina mais a alegria
que o pavor – de um novo amor,
de um novo dia.
Mas a mesma onda que leva
no balanço é a que traz
novos ventos, novas flores
e, às vezes, surpresas mais.
Quem sabe num chão de abril...
...um botão de edelvais?
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