terça-feira, 16 de abril de 2013

BRENHAS

BRENHAS

Andei, andei, devagar
depois apertei o passo
queria logo avistar
o outro lado do poço.

Andei, andei, mais depressa
com medo da ventania
transpus pântanos,florestas
e não vi o novo dia.

Andei, andei e corri
nas brumas próprias do escuro
e em algum lugar me perdi
entre o passado e o futuro.

Vislumbrei sombras alheias
que a minha luz era utopia,
senti meus rios nas veias
em caudais de maré fria.

Andei, corri, me embrenhei
em busca de alma recíproca,
mas digo que só encontrei
parco afeto, em dose pouca.

Basilina Pereira


2 comentários:

Unknown disse...

Impecável!!! Poesia pura e divina!!

beijos ternurentos, amada poeta.

Clau Assi

Paulo Henrique Frias disse...

Linda demais!