Ainda que de contramão
quero libertar-me
de tantas incertezas.
Lanço meu apelo inexorável
sobre o vórtice desse abismo
que me habita...
sou um poço sem fundo
sulcando em direção à palavra,
aquela que transcende.
Fujo da penumbra do verso,
fico na dúvida entre
a rima e a não-rima,
que uma me espreita e a outra me chama.
Persigo o vocábulo preciso
que não se define nem se explica,
apenas capta a essência do instante.
E assim oscilo, exponho-me
para que o poema germine.
Basilina Pereira
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