Qual o meu tempo na poesia?
Confesso aqui: não sei,
e asseguro que tentei,
mas era dia
de antigos itinerários:
calvários
dos parnasianos,
tantos fulanos
mal vestidos,
bem versados,
contando rimas poéticas,
estéticas.
Depois achei o que seria(?)
a poesia simbolista
vendendo a alma do artista
metafísica e musicada
em troca do símbolo (pleno)
na forma de Cruz e cisne – (pequeno).
Não me achei no calendário
desta poética lunar
não cantei com os modernistas
nem vi Tarsila do Amaral,
Bandeira foi pra Passárgada
com os sapos no carnaval.
Mas onde,céus, me coloco
com todo meu sentimento?
não quero me ver em “concreto”,
terei caráter social?
poesia-práxis é invenção
de um certo poema processo
que surgiu na marginal
com seu aspecto precário.
Busco de frente e de lado
e permaneço perdida
meu poema? não tem dado
é letra solta, partida.
Basilina Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário