Talvez o canto que ouço
seja incapaz de jorrar
luzes sobre a minha vida
que quer palavras amenas
pra a humanidade ferida.
Há uma aleia de silêncio
sobre o hálito da noite.
Das estrelas descem jorros
que mais parecem açoite.
São tantas portas fechadas,
nem o vento tem passagem.
Bem que as flores reverberam
tal qual noite de luar,
mas elas são só aragem,
há muito chão pra limar.
Ainda quero palavras
que quebrem todas as mágoas
e digam que é bom amar.
Basilina Pereira
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