domingo, 10 de setembro de 2017

MANHÃ DE DOMINGO


MANHÃ DE DOMINGO

E o domingo chega vestido de aromas,
(e ainda nem é primavera!)
ignora os gestos do sol na moldura das sombras,
só para cuidar da melancolia
que ronda teu corpo, tua mente, tua memória.
O tempo é sempre agora (convicção)
preso ou não na órbita da alegria.
No fim da curva,
muitos domingos terão desfilados por nossas vidas:
em prosa, em versos ou em gestos finitos.
Ou se escreve a vida em cores risonhas,
ou se constrói um túmulo sem galhos,
onde nenhum pássaro virá pousar.


Basilina Pereira

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