SEM PRESSA
Em tardes maduras
o quase silêncio é desembrulhado
pelas sombras do tempo
que, por vezes, pesam
na paredes da memória.
Lembranças rasgam a solidez do
pensamento
e irrompem.
Algumas consomem-se na palidez das
horas,
outras reverberam em gestos
minúsculos,
desgarrados de algum compartimento
sem tranca
como se quisessem derramar soluços
inacabados.
Sem nenhuma razão segura,
já não há mais pressa no olhar,
o desconhecido é só mais um ponto
cego
que já não se esconde do medo nem
da solidão.
Basilina Pereira
2 comentários:
Saboreando poesias, justificando minhas ausências e te convidando a comemorar o aniversário do meu blog!
Venha, alegre-se comigo!
Te aguardo para uma visita!!
beijo ternurento
Clau Assi
Obrigada, querida, alegro-me cada vez que recebo sua visita. Retribuirei, sim, com o maior prazer. Até porque ler seus poemas
é uma das coisas que me agradam muito. Bjos.
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