quinta-feira, 19 de junho de 2014

O ARCO-ÍRIS

O ARCO-ÍRIS.
 

Difícil tangenciar

essa volúpia secreta

escondida no brilho do olhar.

Nem as previsões mais ousadas

sustentam a imagem em negativo

dessa carne frágil

onde repousa a humanidade.

Há um sopro que flutua no cosmo

sujeito a impensáveis voos

e à textura do sentimento.

A alma viaja por onde a imaginação alcança

e a pele é o limite

que separa o orvalho das chamas.

No tempo certo,

o vento desenha o abraço

entre a luz e os pingos da chuva.
 

Basilina Pereira

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