quarta-feira, 16 de abril de 2014

DESVARIO


DESVARIO
 

Sensação de turbulência!

É como se o plasma da alma

comesse do fruto proibido.

Alquimia profunda: o outro lado do êxtase,

orgia quebrantada no direito de errar.

Há um lapso de tempo

entre a perda da inocência

e o outro lado,

que é puro desvario.

Beber o momento é inerente,

assim como adiar é fugir,

é recusar aquela gota de tempo

em que a porta se fecha e o instante é único.

E não adianta furtar-se à vida:

esse invólucro cheio de desafios.

 

Basilina Pereira

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