QUANDO SURGE O AMOR...
Vem no rabo de um cometa
não sei se queima ou assopra
de aluvião, sem espreita,
abre de vez as comportas
que estiveram represadas
num chão de barro pisado,
ergue-se em placas douradas:
que venha vento ou tornado!
Quando acontece o amor,
todo o céu fica bordado
a alma dança em esplendor
é música pra todo lado.
E de fagulha e encanto
estremece a cordilheira,
no horizonte cai o manto
florescem as cerejeiras.
A lua pede licença
pra brilhar bem devagar
e as estrelas, por nascença,
são cúmplices, podem olhar.
Basilina Pereira
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