quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

PARÊNTESE


PARÊNTESE

Em meio a uma nesga de saudade
abro um parêntese e eis que surge a verdade
de um amor evanescente que surgiu
em tom lilás, estrela única entre mil.

E mudou minhas palavras desbotadas,
regou as nuvens que fugiam para o nada,
plantou flores e fez um jardim só nosso,
me trouxe a lua...Ah! lembrar ainda posso.

Roubou meu chão, meu porto, minha lucidez,
num céu de plumas disse que era a minha vez
de ser aurora, borboleta, sempre-viva,
no estuário do céu a sua diva.

Mas me lembro que é hora de fechar
o sinal que de longe fez buscar
essa lembrança, misto de dor e prazer,
que vai e volta, independente do querer.

Basilina Pereira

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