NÓ DE FUMAÇA
O que são
esses momentos
que costuram
a respiração pelo avesso
e lembram
que a vida é também nó de fumaça,
caminho sem
mapa, pilastra sem chão?
De onde vem
esse quebranto
que se aloja
sob a pele,
sem ruído
nem medida, só silêncio,
à mercê de
um tempo que não vai nem volta?
Onde
coloquei a aldrava, que me permitia abrir o sol
semear a
alegria no canto dos pássaros,
certa de que
a noite me traria o verso bordado de estrelas?
O poema está
ferido e todas as rimas jazem órfãs
dos sonhos
que se perderam da poesia.
Basilina
Pereira
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