APREENSÃO
A maré não está pra peixe.
Nem para os grandes
nem para os miúdos.
Ondas desonestas assolam as praias
e corrompem as areias: todas,
até as mais puras e isentas.
Os banhistas já nem se surpreendem
com os avisos de perigo, nem com as ameaças
que trovejam entre as folhas dos coqueiros
e nas manchetes dos jornais.
Isso me preocupa. E agride a minha poesia.
Porque é preciso ter medo. E não se acostumar.
Basilina Pereira
2 comentários:
Adorei!... Lindo...
Ficamos acomodados e sua poesia é uma pedra que nos faz tropeçar!
Beijos =)
Grata, Nadine, por sua visita e seu comentário. Volte mais vezes. Um abraço de muita alegria.
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