terça-feira, 10 de janeiro de 2017

CAMPO DE POESIA

CAMPO DE POESIA

Frágil marfim,
um abraço não correspondido,
um solo perdido na floresta de severas frustrações.
Quanto custa amar uma palavra?
Fazer dela o substrato do verso,
um sonho de pontas luminosas
que guiará o poema durante as estações escuras?
À vezes é o vento que ameaça,
por outras... a indiferença.
Ao poeta resta a esperança
de sobrevoar a matéria
e ser enterrado num campo de poesia.


Basilina Pereira

2 comentários:

Unknown disse...

Passeando!!
Fechando a terça-feira com boa leitura.
Muito bom estar aqui.

Beijo ternurento
Clau Assi

Basilina disse...

Obrigada pela visita, amiga. Receba meu carinho de volta. Beijos poéticos e ternurentos também.