Um
verso que não encontra a rima
uma
flor que afugenta a abelha
uma
vida empalhada em dias
onde
não pousa nenhuma poesia.
Um
bicho morto que ainda respira.
Quer
rezar, mas a fé é feita de nuvem,
a
prece se desfaz em lágrimas
e
o dia não amanhece.
O
rio corre por dentro,
levando
as dúvidas e os desencantos,
o
que mais ele pode fazer?
Escrever
ainda é a mão que abre a janela
para
que a brisa possa simular um carinho.
Basilina
Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário