URGÊNCIAS
Não
sei como domar o dia.
Ele
amanhece calmo, faceiro,
espreguiça
e boceja sob uma neblina indecisa,
mas
depois acelera atrás do vento,
feito
corcel mordido pela espora.
Tento
uma ousadia qualquer,
como
segurar firme o ponteiro das horas.
Que
nada! Os minutos saltitam sobre a respiração
respingam
chutes de urgência
e
seguem velozes
como
quem vai perder o próximo comboio
se
não atropelar o pensamento.
Basilina
Pereira
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