quarta-feira, 3 de agosto de 2016

MÍMESE




MÍMESE

A cor aprisionada pede socorro,
mimetiza-se e quer a força da palavra.
Seu grito vai perdendo o vermelho,
esvai-se em tons laranja, quase dourados,
e tenta incorporar o verde em suas curvas descendentes.
Lá embaixo, uma raiz espera pelo eco da terra,
por gotículas de luz e, quem sabe, por uma sombra do arco-íris.
Na moldura que abraça o conjunto, passeia a chama
que reflete no brilho do olhar um instante de poesia.

Basilina Pereira

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