domingo, 1 de novembro de 2015

SONETO DA ESPERA



SONETO DA ESPERA

Voo no tempo que não vai nem volta
preso na tarde desses sonhos meus,
sei que a alvorada está para o poente
como os meus dias procurando os teus.

Se permaneço nesse céu sem cores
é pelos timbres que a memória guarda,
num vale longe onde mora o nunca
talvez o sempre prepare a vanguarda.

Assim meus olhos colhem na janela
o canto aflito da ave ferida
pra transformar, quiçá, em aquarela.

E mesmo ali sob nuvens errantes
as horas dormem qual lua esquecida
e eu pesco estrelas qual fossem diamantes.

Basilina Pereira

Um comentário:

Unknown disse...

Feliz novembro!!
Que ele te traga muitas inspirações!!
Só nos fará bem

Beijo ternurento
Clau Assi