terça-feira, 24 de novembro de 2015

IGUAL ÀS FLORES



IGUAL ÀS FLORES

Eu queria ser igual às flores
que, além de exalar perfume,
pintam de cor os jardins,
perfazem a saga do mel
e, mesmo depois da queda,
enfeitam o chão do caminho.
Eu queria, sim, ser igual às flores.
Despertar com a alvorada,
quando o homem ainda dorme
e, em essência, é um menino.
Adormecer com o poente,
quando a vida se recolhe:
silêncio e dever cumprido.
Ninguém ataca seu igual,
nem se esconde na mentira.
Vazio? Só de maldade,
ao outro o melhor de mim.

Basilina Pereira

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