A palavra, indomável, transborda.
Não há como fazer um poema
sem rasgar o verso na diagonal
e submetê-lo a arroubos e incertezas.
A verdade do texto está na semente,
na angústia de antever o que o espera
no regaço de cada linha
e na complacência do verbo
ao deixar a forma e tocar o sentimento.
E na árdua manobra para alcançar a superfície,
pode ser que as raízes aflorem
e, no estalido de um relâmpago,
deixem exalar um instante de poesia.
Basilina Pereira
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