Olho as árvores no outono,
no seu ritual de libertar as folhas.
Tento esvaziar o pensamento,
mergulho no silêncio
e me deparo com esse chamado
que não sei de onde vem.
Busco a palavra nua
para depurar-lhe o a forma,
tento dialogar com o poema,
mas ele é rebelde feito o vento.
Não posso perder o fio da meada
se o verso que persigo trava, afrouxo a linha
e espero o inverno passar.
Basilina Pereira
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