terça-feira, 9 de março de 2010

SÚPLICA
Inspiração,


a ti dirijo-me


toda vez que o sorriso fecha,


a brisa se esconde entre a neblina


e o poema fica travado.


Imploro-te


por um cheiro de guirlandas,


pela cor quente da canela


e por um verso em Ré Menor


que me faça lembrar Beethoven


em sua nona Sinfonia.


Suplico-te:


quando eu for digna desse momento,


que ele seja humilde feito o beija-flor


e grandioso como o entardecer.


Mas que eu esteja lá – em transe –


e nem perceba que a lágrima


às vezes pode ser doce.


Basilina Pereira

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