O BOSQUE
O
teu sorriso talhado em pedras,
a
rosa presa no olho da tarde,
a
haste do afeto sem folhas, sem chão.
Minha
incerteza pousada no silêncio da tarde
e
tua voz, calada e tesa,
perdida
no bosque de minha lembranças.
O
dia segue preso, como a indicar o caminho
entre
os bosques de galhos secos e perguntas
que
desfio para tecer o manto
onde
bordarei minha solidão.
Mantenho
assim: abraçada ao regaço de uma espera
que
me faz querer todo o viço das rosas
no
brilho do teu olhar que mira, mas não me vê mais.
Basilina
Pereira
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