Minha
voz deve manchar os teus silêncios,
ou
por outra,
açoitá-lo
com os sons que não sei trancar no escuro.
Fico
imaginando um balanço na varanda,
teus
lábios se movendo num bailado macio
e
meus olhos, calados, bebendo cada palavra
que
a minha imaginação desenha.
É
preciso asas para sobrevoar a emoção
e
perspicácia para desvendar os mistérios
camuflados
nas entrelinhas do poema mudo.
Mas
quando a poesia vibra no telhado,
até
o teu mutismo se dissolve
e
entoa uma canção de chuva
para
eu ouvir em devaneio.
Basilina
Pereira
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