O POEMA
NO ESPELHO
uma camuflada no veio da metáfora,
outra que se aninha na janela do tempo
pronta a se jogar
ao encontro de cada interpretação.
Cada palavra vive do que produz
da sensação que ativa no voo imaginário.
Assim o homem, dueto de sim e não,
na busca incessante pelo outro lado:
depois de si, além da pedra.
Sim, no caminho, entre o começo e o fim
fincada rente ao muro de fragilidades
(tentativas muitas e acertos poucos).
O desafio maior é decifrar o homem
ou entender o poema?
Basilina Pereira
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