domingo, 12 de julho de 2015


Um poema dominical, com overdose de lirismo.

NAS ENTRELINHAS

O poema amanheceu de ponta-cabeça.
Tomou uma overdose de lirismo,
encantou-se com a rima pobre,
quis dançar sobre um soneto
com versos emparelhados.
Mas depois se recompôs
e de suas entrelinhas
jorraram pingos de luz
para colorir os versos brancos.
A brisa abriu-se em lufas ritmadas,
de carícias tão suaves,
que o milagre se cumpriu:
atrás do verso, a poesia transbordou.

Basilina Pereira

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