quinta-feira, 23 de julho de 2015


FACES DO TEMPO

Mais um dia
com promessa de renovação e júbilo.
Na bagagem, a experiência de ontem
e a expectativa do amanhã,
mas o tempo tem seu próprio compasso
e o passo nem sempre consegue nos acompanhar.
A orquestra matinal reverbera a vida passando
e a tarde pede outro canto,
porque o simples fato de existir é controverso.
No começo você está só com suas ideias,
e essas não lhe bastam.
Depois você está ao lado, em solidão,
e até a sua imagem quer outro rosto.
Por fim, o hoje. É preciso apagar as pegadas
do que não existe mais
e desenhar o brilho de outra constelação.

Basilina Pereira

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