segunda-feira, 27 de julho de 2015

COMO O SILÊNCIO DAS PLANTAS

Tal qual uma espiga madura,
o que se exibe é o lado de fora.
O interior, esse mundo submerso,
segue camuflado como o silêncio das plantas
e o mundo avança, cúmplice
dos segredos que se escondem num vapor de luz.
O pensamento teima em faiscar: quer o poema sem fissura,
mas tudo isso está fora do alcance do poeta:
seu limite é o próximo verso
e a esperança de que a palavra transborde.

Basilina Pereira

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