sexta-feira, 6 de março de 2015

TRAVESSIA

Um poema sem teto
e uma tarde perdida entre nuvens
são tudo que o poeta lamenta
em sua travessia sem bússola.
A palavra molhada de ternura
desenha a aura que sobreviveu ao caos
e resgata os traços que o tempo ignorou.
A criança que fui adormeceu na parede
para acordar em outro corpo
ávido por encontrar a antiga alma.

Basilina Pereira

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