sexta-feira, 21 de março de 2014

UM SONHO

Eu quis construir um sonho
sem limite nem medida,
feito a alma do poeta
no instante da despedida.

Tive a visão do universo
no espelho fluido do mar
onde as estrelas pintavam
as letras do verbo amar.

Embalei então meu verso
no silêncio de um casulo
fiz da partida um regresso,
tornei claro o que era escuro.

Depois pintei na retina
a essência de um poema
e a imagem de tão bela
pediu corpo e uma forma.

Enquanto o mar e o céu
saudavam o novo dia,
adornei meu sentimento
e transformei em poesia.

Basilina Pereira

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