Só são palavras
que aderem devagar e sem rumor.
Quem desconhece esse poder está isento,
só vê no espelho a mesma pele
que esconde cicatrizes antigas,
submersas em seu casulo.
São só palavras...palavras...
Frente e verso de um rosário
que define o excesso do que falta.
Seu eco por vezes volta,
mas não extingue a solidão.
A dor vem do espinho fincado na cortina
que esconde as mágoas
e só eu sei do retrocesso...
do tempo que não cura a ferida
e dessa angústia que ergue colunas.
Basilina Pereira
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