O corpo é textura,
é silêncio que fala
quando a boca cala.
O corpo é lago,
é penumbra...
no compasso flutua,
em estreitos se entrega.
O peito que arfa acende o céu
da boca que se abre no prazer
de ser eterna e doce:
inteiramente fogo
enquanto riso.
As mãos desmancham-se em toques,
retoques de ternura,
na procura do ventre que cresce
entre o teu compasso e o meu.
Basilina Pereira