sexta-feira, 27 de junho de 2008

OUTONO NO PARQUE

OUTONO NO PARQUE Meu outono confunde-se com o parque. Sentimentos pisam o tapete dourado, aquele chão bordado de folhas, que, no porta-passos da emoção, tenta descobrir por que há tantos lugares vazios. As árvores só observam... E meus pensamentos voam atrás das palavras ou traços de lembranças de uma paixão que viu tremerem aqueles bancos que hoje repousam sob um amarelo-esquecido, que nem parece descendente do sol. E a quietude do ar se mescla a minhas lembranças. Inverto o olhar... Tento descobrir sob a minha pele uma última flor derramada do verão, uma única flor... que possa exalar algum perfume capaz de fazer do silêncio uma canção. Basilina Pereira

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