ITINERÁRIO
Adoro
coser as nuvens,
uni-las
aos desenhos que salpicam nos telhados,
na
grama do jardim
e
depois exibir, em perfeição,
o
tapete que minha mente vai construindo sem pensar.
No
escuro da noite, não há distâncias
e
as diferenças não são notadas
por
olhos que comem canudos de espinho
e
querem devolver folhas secas em pleno verão.
Em
noites de estrelas, recolho silêncios;
cuido
para que se mantenham na segurança do abrigo,
esqueço
as lágrimas e as despedidas.
Se
meu tapete resistir aos raios da aurora
é
porque avancei um passo
e
o dia estará salvo para receber as cores.
Basilina Pereira
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