quinta-feira, 6 de julho de 2017

ESSES SILÊNCIOS...

ESSES SILÊNCIOS...

Todos os silêncios
um dia seguiram o sopro do vento
e entoaram acordes de chuva,
rente às janelas dos sonhos.
Se hoje esse vazio se veste de cinza,
é porque sombras tortuosas
cobriram o lado estreito da bifurcação,
onde as outras cores se protegiam
dos sentimentos menores e das vozes mal iluminadas
que desafiam as estrelas na sua rota ancestral.
Sim, esses silêncios que sufocam o verso
e retardam a poesia são pura efervescência:
sustentam as vigas de cada palavra
do poema que ainda não nasceu.

Basilina Pereira


2 comentários:

Unknown disse...

Começando a quarta visitando seu espeço... é que nos aquecer a alma faz bem.

Obrigada pelo calor que aqui encontrei

Beijo ternurento

Clau Assi

Basilina disse...

Que bom ver que passou por aqui, amiga. Mata um pedacinho da saudade. Um abraço e obrigada.