OS
DOIS LADOS
O
sol tenta acalentar o frio
que
congela por dentro:
no
exato ponto onde a alma deveria descansar.
O
peito oscila no ritmo da emoção,
segue
as batidas que sustentam a vida
e
aprende a ser o sopro que abre e fecha as portas
por
onde, dizem, transitam todos os sentimentos.
Lá
fora, ventos avessos ordenam
que
um bambueiro se curve
e
derrame folhas no telhado da tarde,
para
que o poema tenha onde pousar,
caso
o poeta consiga fazer do verso
uma
fagulha que aquece os dois lados.
Basilina
Pereira
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