Um
pouco de silêncio, um tanto de utopia,
é
o que segue manhã afora,
se
a maré não der contraordem
e
voltar ao ponto de partida.
O
sol nem se mostra
e
sua ausência vai sendo suprida
por
ideias que perfilam inquietas
e,
aos poucos, vão se espalhando
entre
notícias e navalhas
que
invadem os arrecifes do medo.
Entre
um minuto e outro, a poesia chama.
Nenhum
náufrago chegará à praia
se
não acender um farol no peito e sonhar:
com
letras miúdas voltando pra casa,
versos
soltos querendo abraçar-se
e
um poema de amor
que
onda nenhuma poderá tragar.
Basilina
Pereira
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